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Obesidade pode ser a doença do futuro no Brasil


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Segundo projeções, até 2044 cerca de 130 milhões de brasileiros estarão com obesidade se nada for feito

Foto: Freepik

Até 2044, quase metade dos adultos brasileiros (48%) viverá com obesidade, conforme estudo realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Desiderata apresentado durante o Congresso Internacional sobre Obesidade 2024, realizado em São Paulo.

O estudo mostrou que, em 20 anos, 75% dos brasileiros estarão acima do peso, sendo 48% com obesidade e os outros 27% com sobrepeso. A condição não afetará apenas adultos. Outro dado mostra que 24% das crianças com idade entre 5 e 9 anos também serão obesas. Em números, serão 130 milhões de brasileiros afetados pela condição até 2044.

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura localizada em diferentes partes do corpo, condição que pode ser associada a outras enfermidades e, por isso, tem sido alvo de estudos científicos, que possibilitam o avanço dos tratamentos, que incluem desde  medicamentos orais ou injetáveis, como o Wegovy, até as intervenções cirúrgicas.

Mais 10 milhões de novos casos de doenças crônicas

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é uma doença crônica que afeta, em diferentes proporções, pessoas de todas as idades, em todos os grupos sociais e em diferentes países. Só no Brasil, 6,7 milhões de pessoas convivem com a condição, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).

As causas são multifatoriais, podendo ser de natureza ambiental, metabólica ou genética. Também pode ter influências culturais, psicológicas e comportamentais. Os órgãos de saúde alertam sobre a importância de controlar a doença, apontada como fator de risco para o desenvolvimento e o agravamento de outras patologias, como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

A projeção de pesquisadores da Fiocruz e do Instituto Desiderata destacou que, com o aumento da obesidade no país, haverá o crescimento de outras condições de saúde. Mais de 10 milhões de novos casos de doenças crônicas poderão surgir nos próximos 20 anos, resultando em cerca de 1,2 milhão de mortes atribuíveis a essas condições. Os números evidenciam a necessidade de ações preventivas e de acesso ao tratamento no país.

Estratégia de tratamento depende do quadro do paciente

De acordo com informações do Ministério da Saúde, os brasileiros com obesidade devem ter acesso a um tratamento que abrange diferentes aspectos. O acompanhamento médico é o primeiro passo, quando o paciente obtém orientação sobre as ações que precisam ser feitas para controlar o peso.

A mudança na alimentação é uma das estratégias que podem ser indicadas, de acordo com o quadro apresentado pelo paciente. Nesse caso, é aconselhável a consulta com nutricionista e/ou nutrólogo para a definição de uma dieta balanceada e equilibrada, como informa o Ministério da Saúde.

O avanço da medicina tem possibilitado novos métodos para ajudar pessoas no combate à obesidade. O controle do peso corporal pode ganhar reforço com o uso de medicações, que  podem ser inibidores de apetite, redutores de absorção de gordura, medicamentos injetáveis, entre outras alternativas. O medicamento deve ser prescrito pelo médico que acompanha o paciente. A partir da avaliação das condições clínicas, o profissional poderá definir a melhor estratégia de tratamento.

Em alguns casos, o profissional pode sugerir a possibilidade da realização de procedimento cirúrgico. De acordo com o Ministério da Saúde, a cirurgia bariátrica é indicada para o tratamento da obesidade grave, sendo indicada para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 ou acima de 35, quando há doenças associadas. No caso dos pacientes que realizam a cirurgia, além da avaliação médica, também é necessário o acompanhamento psicológico.

Para o controle do peso corporal, a OMS recomenda a adoção de hábitos alimentares saudáveis, a realização de prática regular de exercícios físicos, a manutenção da qualidade do sono e o acompanhamento médico e psicológico para assegurar o tratamento de condições físicas e emocionais que possam desencadear o aumento do peso.

AI

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